sábado, 19 de dezembro de 2009

Vc já se perguntou no pq acredita em algo?


Você acredita em Deus? Ou em qualquer outra divindade, entidade, ser superior, ou como queira chamar? Ótimo, você é um cidadão que merece todo o respeito da sociedade, pois independentemente da religião que acredita, todos merecem o maior respeito e atenção! A pluralidade é marca de nosso povo, e o respeito para com a religião alheia é fundamental para uma sociedade digna e para o fortalecimento da civilidade de nosso povo!

Mas por qual motivo quem NÃO ACREDITA em nenhum deus, ou ser superior não merece o mesmo respeito? E não venham me falar que os que se dizem ateus tem o respeito de todos, pois não o tem!

A intolerância religiosa para com os não religiosos é enorme. Quem que se diz ateu, quando em uma roda de amigos ou em qualquer conversa se disse ateu e não percebeu olhares recriminadores? É fato, parece crime não acreditar em Deus. Parece que somos obrigados a ter uma religião. Parece que somos imorais, somos a escória da humanidade!

Até parece que é necessãrio acreditar em Deus para praticar coisas boas, ter senso de justiça e etc. Me desculpem os religiosos, mas mesmo com o pensamento materialista (não digo no sentido capitalista da coisa), é possível ser um cidadão de bem. Só porque busco as explicações para as questões mais diversas sem recorrer ao lado espiritual, não quer dizer que não possua o esclarecimento necessário para a prática da vivência correta e digna.

Não tenho a pretensão de convencer ninguém nem de fixar a minha verdade na mente das outras pessoas. Longe de mim querer isso. Nem tenho capacidade para tentar tal coisa. É inútil discutir quem está certo. Nunca saberemos quem está certo ou errado nessa história. Portanto, é bastante estúpido o preconceito e a tentativa de imposição de qualquer religião.

Se paramos para pensar acho que é mais difícil ser religioso. Acreditar nas coisas por acreditar é complicado. O religioso acredita simplesmente pela fé. Não precisa ter prova de nada, não precisa de dados científicos, não precisa da razão para viver na sua religião. Me desculpem amigos, mas para mim infelizmente isso não é possível, não tenho essa fé! Não consigo acreditar simplesmente porque alguem disse que foi assim que aconteceu ou porque é assim que deve ser.

Acho louvável que para a contrução de uma crença, seja ela qual for, a pessoa seja capaz de uma análise crítica, para avaliar ética e moralmente tudo aquilo que acredita e prega para os quatro cantos. Nos deparamos com cada situação no dia a dia que com certeza, quem tem um pouco de senso crítico vai se perguntar: "Que moral é essa desse ou daquele deus?" Ou mesmo que não chegue a tanto, é muito fácil se questionar sobre a imoralidade de várias instituições religiosas. Além da moral, a questão ética é de fundamental importância! A ética é universal, seus princípios são referências para qualquer ser humano. A ética não muda de uma pessoa para outra, ou de um grupo para outro. Portanto a análise crítica dos princípio éticos e da prática religiosa é possível para todos !

Mais uma vez, deixo claro que não quero fazer o papel do ateu intolerante, que é muitas vezes até mais radical que muito religioso intolerante, e creio realmente no papel social da tolerância e compreensão da crença do outro. Mas a discussão é sempre bem vinda, e defendo até o último instante que ela aconteça.





domingo, 22 de novembro de 2009

QUANDO CHEGA O FIM... OU SERÁ O INÍCIO??


Está chegando o fim do curso... Que coisa! Parece que entrei ontem mesmo na faculdade.

Lembro como se fosse ontem, o meu telefone tocando diversas vezes durante o dia, todos os amigos, os parentes mais próximos, todos ligando para falar que viram o meu nome na lista dos aprovados no vestibular da PUC-Minas. Todos muito contentes, e eu... muito assustado!

Primeiro semestre de 2006, nem sabia o que esperar. Primeiro dia de aula, clima um pouco estranho, uma certa timidez no ar, uma certa insegurança. Pelo menos um grande amigo iniciava o mesmo curso que eu, meu brother Maximiler, companheiro de trabalho na época da TIM estava lá na mesma turma. Menos mal, sempre bom um rosto conhecido quando chegamos a lugares estranhos.

Após alguns momentos de conversas iniciais com alguns integrantes da turma e das primeiras observações, e depois de um falso professor começar a dar aula (foi o nosso trote de recepção, na verdade era um veterano fingindo ser professor...)a professora chega em sala e começa oficialmente a vida acadêmica. Quem diria!

De lá pra cá, Quanta mudança!! Quem viu a minha turma no primeiro período nem acredita na turma de hoje. A começar pelo número de alunos, quanta gente foi saindo! Alguns por dificuldades financeiras, outros por achar que erraram na escolha, ou por diversos outros motivos. Pena, muita gente boa foi ficando pelo caminho.

E as brigas? NOSSA MÃE DO CÉU!!!! Quantas não foram as brigas! Hoje no oitavo período eu já perdi a conta de quantas brigas aconteceram. Brigas feias, brigas bobas, fora as que não fiquei sabendo. Relações que no início pareciam ser amizades pra vida pós faculdade, hoje não passam de coleguismo. A formação de panelas foi um marco da minha turma. Numa classe de Geógrafos, a organização espacial da nossa turma dava um bom tema de estudo. Nitidamente os grupos estavam separados e com fronteiras bem definidas dentro de sala de aula.

Muitas vezes o clima esquentava, em certos momentos, a tensão era tão grande que qualquer coisinha era motivo pra uma explosão. Discussões na sala, entre os grupos de trabalho, entre aluno e professor (claro, também aconteceu desentendimento aluno-professor!).

E os trabalhos de campo? Ao longo do curso foram incontáveis trabalhos de campo. O engraçado é que no campo, geralmente o clima era bem menos tenso. Talvez pelo clima de aula ao ar livre. Embora não estivessem salvos de atritos, tais trabalhos fora de classe geralmente corriam bem. Pelo menos que eu estivesse presente, não vi grandes problemas.

Mas só de brigas viveu minha turma? Claro que não! Que turma consegue sobreviver quatro anos só com brigas? Tivemos bons momentos. Me lembro até hoje da reunião no peixinho. Que legal, praticamente todos estavam lá! Noite bacana, todos se divertindo, "Cumpade Washington", Junia, Nathália Milhazes, Maiara, e tantos outros que passaram na nossa turma. Teve também o trabalho no Pastorinhas! Acho que foi o trabalho de campo mais tranqüilo que fizemos, um clima ótimo, todos brincando, participando ativamente das atividades de campo, o almoço comunitário junto com o pessoal do assentamento foi ótimo e na volta fizemos a maior confusão no ônibus, e isso já era noite, ficamos o dia inteiro no assentamento. A foto acima por exemplo foi tirada durante um trabalho de campo na Serra da Piedade, tiramos foto com um casal que tirava suas fotos pro álbum de casamento, esse dia foi engraçado... hehehe

Acredito que a partir do sexto período os ânimos foram se acalmando um pouco, o pessoal se contendo um pouco mais, convivendo de forma pacífica... hehehe Afinal, tah quase acabando né gente! Acho que o clima de fim de curso começou a tomar conta no sexto período, quando saímos do segundo andar e nos mudamos para as salas de baixo... Engraçado, tem todo um simbolismo. Quando descemos as escadas rumo às salas de baixo parece que sentimos o fim se aproximando, e dá uma certa angústia, da mesma forma que no oitavo período somos deslocados para outro prédio, parece que pra se desprender do prédio da Geografia, quase como um ritual de passagem...

Claro que atritos continuaram a ocorrer de vez em quando, principalmente quando se falava de formatura... hehehe... Mas parece que o clima de final de curso não motiva mais a briga. Tirando alguns conflitos sobre formatura como já disse antes, ou com a monografia, e os trabalhos finais, parece que o clima está carregado de certa melancolia. Nem sei se melancolia é a palavra certa, mas que está diferente está! Hoje vejo uma interação muito maior e muito melhor entre as pessoas. Não posso dizer por todos, mas acredito que a maioria deva sentir uma espécie de angústia pelo final. O que fazer agora? Estou formando, maravilha! Mas e agora? foram quatro anos com essa mesma rotina e agora está acabando...

Acredito que todos sentirão falta dessa nossa rotina que nos tomou quatro anos. Alguns podem até estar pensando que nunca mais querem saber de faculdade, de Geografia, dessa rotina alucinante de conciliação de estudos, emprego, família, namoradas(os). Mas será que está acabando mesmo? Chegamos ao fim? Sinceramente, acho que é apenas o início...



**** PS: Não formo agora junto com a minha turma. Infelizmente por motivos diversos não pude me juntar aos meus companheiros de jornada para encerrar minha graduação em Geografia, somente no semestre que vem concluirei meu curso. Mas tudo bem, fico extremamente feliz pelos meu amigos. E quero aqui nesse espaço agradecer de coração a todos que fizeram parte nesses quatro anos do meu dia a dia e tiveram participação efetiva na minha formação como geógrafo. Aprendi muito com todos, peço desculpas se por ventura em algum momento prejudiquei alguém. Há quem diga que vai sair do curso sem ter aprendido nada, pra esses eu peço que parem e reflitam. Impossível sair sem aprender, da mesma forma que aprendi muito com todos os professores, colegas e todas as pessoas envolvidas nesse processo de aprendizagem formal e sócio-cultural, acredito que todos os companheiros também aprenderam. Saiam felizes, com o sentimento de dever cumprido, de mais uma etapa da vida realizada, o sucesso alcançado com essa formatura representa uma grande vitória na vida de todos vocês. Porém saiam com a consciência de que é só o começo, muita coisa ainda está por vir, e com certeza terão sucesso adiante... Nos vemos por aí, amigos GEÓGRAFOS!!